Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois

Oswaldo Montenegro



Vale à pena ver de novo

Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.
PENÚLTIMO CAPÍTULO

Núcleo: Eleitafolia

Esses laços de família são de dá nó em cabeça de prego. Mas tenha paciência, nós vamos entender algum momento. Eu acho. E assim espero. O fato é que estamos em pleno processo eleitoral. Sim, a época mais feliz na província. Eleição em Itabaiana é melhor que carnaval, melhor que Copa do Mundo...  Nesta época todo velório vira evento público; todo mundo desde Maria Doída até Biu Bosta Seca, todos são recebidos na sala de casa, sim daquelas casas onde antes só dava pra olhar por cima do muro; Eles ainda ganham abraços, apertos de mão, tapas nas costas, e pense numas tapas miseráveis. Se o cabra for frouxo, corre; E tem passeata, comício, palestra, feijoada, favada, cachaçada, e tudo que é Ada que tem. Além disso, tem carreata, e por falar em carreata, esta época na cidade ninguém anda a pé. Até Nego Hino, que só tem uma bicicleta Monark, anda de carro pra cima e pra baixo, sem nem pedir. É bom demais. O povo até esquece-se das dores, dos salários atrasados, das ruas esburacadas, dos dedos estendidos pro povo trabalhador, das fichas, dos pacotes de fubá estourados na cabeça do povo, do dinheiro mágico que desaparece. Enfim eleição em Itabaiana funciona como analgésico. É praticamente um Doril. “Tomou Doril, a dor sumiu!” ou seria: “Eleição chegou, problema acabou!” E o povo ganha o direito de ouvir o guia eleitoral, que é o melhor programa de rádio que já se produziu nesta cidade. Enfim, eu penso que deveríamos ter eleição todo ano, e o ano todo.


Núcleo: Dos Melosos

Sabe aquela onda de: “são as famílias que se dão as mãos, por que era a união de Itabaiana”? Pois é, não deu certo. Esta parte a gente já sabe. O que nós não poderíamos imaginar era a desunião que tava pra vir. Mas como dizem que depois da ... vem a... Nós deviamos ter nos preparado. Acontece que o Tio foi pro lado de lá, e de mala e cuia, ta ajudando a arrochar o “nó” e a arrumar o “ninho”. E de quebra levou o filho, e estão os dois contra o sobrinho. E o Tio não foi o único. Na tentativa de desfazer o nó quem acabou “eninhada” foi a Tia. Essa é que ninguém esperava. Mas fazer o que, né? E pra deixar o menino ainda mais triste o doutor resolveu que tava na hora de entrar na briga e resolveu que num ia mais balançar bandeira pra ninguém. Ele entendeu que tava na hora de abraçar os meninos catarrentos, aplaudir as peladas, comer nas latas de doce, e abraçar e apertar a mão do povão ele mesmo. E junto com ele foi uma ruma de gente, inclusive a mulher, que também é da família. Agora tá tudo Melado. Melou na cabeça de uma, na ponta da outra e na companhia da mudança. Neste ultimo caso, pelo ao menos o Melado fica em casa e não na prefeitura da província. Quer dizer, isso é o que se espera, pois o último doutor que passou por lá, foi mas deixou a mulher, que tá aí até hoje. E agora?



Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.
QUINTO CAPÍTULO
Núcleo: Dos Durés

 Revoltada com o sobrinho Antônio Carlos, por quem já fez os maiores sacrifícios da vida, a tia Graça Duré, decidiu não mais apoiá-lo nas investidas para voltar a Casa de Mãe Joana, ou digo, a Prefeitura de Itabaiana. Ela que viu o menino Fábio Rodrigues, crescer, e que alimenta por ele grande estima e admiração, resolveu aderir ao seu time. E vai engrossar as fileiras em defesa de sua candidatura ao posto de Prefeito da Província. Esta é a segunda perda de Antônio Carlos. Deste dá dó. Coitado tá perdendo todos os tios. Já Fábio, merece nossa admiração. O menino é super querido pelas tias do coração: Graça, Dida, e quantas mais hajam.


Núcleo: Da fina estampa

Ops! Não é outra novela, não! Estamos falando do núcleo situado na praça Epitácio Pessoa. Lá a nossa "Tereza Cristina" sumiu. A Rainha do Nilo abandou seus súditos e perseguidos. A  Filha de Ozires desapareceu da cidade e não há notícias de seu paradeiro. Já seu filho  Renner Jr, ou digo Sinval Neto, também aderiu a estratégia do silêncio. Com um silêncio destes terminará com gostinho de mistério, que nos deixa cheios de vontade de saber o que virá no próximo capítulo.

Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.
QUARTO CAPÍTULO
Núcleo: A união de Itabaiana

"São as famílias que se dão as mãos. É a união de Itabaiana. É a vitória na ponta dos dedos. E não tem mais segredo, ninguém mais se engana. O ser humano não é uma ficha. Por isso a gente capricha, e vota no 15 pra ganhar...E o resgate da dignidade, a volta felicidade. O povo em primeiro lugar." Esse foi o tom da campanha eleitoral de 2008. Quanto a família separada a mais de oito anos voltou a se unir, em torno da candidatura de Antônio Carlos para prefeito, tendo como vice Fernandinho, seu primo e filho do sempre deputado Fernando Melo. O clima era muito bom. Fernandinho chegou a afirmar que rasgaria sua ficha de filiação no PSDB, caso houvesse alguma objeção a sua união com o primo e pelo bem de Itabaiana. União firmada. Com as bençãos do santo PSDB: Fichas inteiras, família unidade, e mangas arregassadas. Foram para a disputa. E mobilizaram uma multidão. Até Toinho pesadelo, que andava sumido a anos, deus as caras. Talvez atraído pelo clima de paz e amor reestabelecido.


Núcleo: Ninho

"Desfaz o nó. Desmancha o ninho. Nosso prefeito é Antônio Carlos e Fernandinho. Itabaiana inteira acredita. E vai votar no 15. Eita vitória bonita." A vitória parecia certa. Mas como num passe de mágica,  a Mamusca mandou os meninos (os dela), para a briga e conseguiu nos "quarenta e cinco do segundo tempo", reverter o jogo em seu favor, apertar o nó e proteger o ninho. E assim o trabalho árduo dos meninos Sinval e Cibele, somado ao prestígio do Dr. Gildo, em quem a Mamusca pegou carona na condição de seu candidato a vice prefeito, lhe garantiu a vitória nas eleições. Mas de tudo o mais curioso deste episódio foi que as alianças não resistiram a TPE- Temporada Pois Eleição: O vice de Dona Dida, renunciou no sétimo dia de mandato. E o ex-candidato a vice de Antônio Carlos, sim  o primo Fernandinho, rompeu com ele logo em seguida. E aderiu a quem? É isso mesmo. Ele aderiu ao time do Ninho e do Nó. E foi ser secretário da prefeita.



Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.
TERCEIRO CAPÍTULO

Núcleo: Do Novo Tempo

A prefeita eleita Dona Dida anuncia o secretariado que a ajudará a governar a “Querida Itabaiana.” Dentre eles:

Secretário de Administração e Finanças: Dema, o vice prefeito;
Secretário de Indústria e Comércio: Dema, denovo;
Secretário de Agricultura: Max, filho de Dema;
Secretário de Saúde: Sinval, filho de Dida. E para  adjunto, o outro filho de Dema;
O negócio já começou parecido com os anteriores. De novo mesmo, só os nomes.

Achando pouco os familiares que se instalariam no seu governo, a insigne prefeita recém eleita, Dona Dida, mandou contratar uma sobrinha torta, as cunhadas, duas senhoras que mal se aguentavam nas próprias pernas, irmãs do já falecido Aglair. E ainda nomeou a própria filha para ser adjunta da Secretaria de Ação Social. Se bem que aí foi até justo. Já pensou se a menina Cibele vê o irmãozinho brincando de ser secretário, e fica olhando só por cima do muro, sem poder entrar na brincadeira? Ia traumatizar a bichinha!
Pense nuns meninos pra sofrer, são estes.



Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.
SEGUNDO CAPÍTULO


Núcleo: Prefeitura Familiar de Itabaiana

O slogam dizia JUVENTUDE RUMO AO PROGRESSO. No entanto a gestão do jovem prefeito era um FRACASSO. E por falar em prefeito, Itabaiana tinha dois nesta época. O prefeito de fato: Seu Toinho, e o prefeito de direito, seu filho Antônio Carlos.
Revoltados com a situação da cidade nas mãos da família Rodrigues de Melo, por Amor a terra querida, uniram-se Baba, Zé, Fernando e Dida. E levantaram um tsunami chamado AGORA VAI!. E foi mesmo! A onda varreu para fora da prefeitura de Itabaiana toda a tropa de Toinho Malvadeza, Tempestade, Pesadelo, enfim ,como quer que o chamassem. O quarteto fantástico derrotou o menino, com larga vantagem nas urnas.
Na comemoração fizeram até uma camiseta com um acróstico irônico:
P uta
M erda
D eu
B abá


Núcleo: PMDB

Depois de perder as eleições de 2000 para Babá e Zé (do Curtume), Antônio Carlos que tinha sido candidato tendo como colega de chapa um certo Dedé Tavares, que hoje também é vereador - nós temos que informar por que ninguém conhece os vereadores desta cidade -, resolveu candidatar-se mais uma vez em 2004.  Agora Zé do Curtume que tinha adorado o posto de vice-prefeito, e que trabalhou muito quando passou pelo cargo, gerando emprego: para os filhos; patrocinando os eventos: dos filhos, e por aí  foi, resolveu romper com Babá e candidatar-se ao lado de Antônio Carlos. Tava feita a chapa: Antônio Carlos e Zé do Curtume, que já tinha sido seu adversário duas vezes.
Babá para não ficar sozinho, convidou o grande Beto de Zé Paulo para ser o seu candidato a vice. E fizeram até uma música que dizia:

"Babá e Beto, tradição e renovação
Apesar das dificuldades
Itabaiana já sabe:
Babá é solução.
Eu voto 22..."

Mas a música do prefeito, que já admitia as próprias falhas na letra da canção, não deu certo. Ele perdeu na quinta posição a disputa daquela eleição. Foi o candidato menos votado percentualmente do Brasil naquele ano. Foi até notícia pelo pais a fora.

A música que deu certo foi a do bloco do AGORA É ELA. Que dizia mais ou menos assim:

“Na eleição de outubro
Faça sua opção,
Que seja muito verdadeira.
Dona Dida pra prefeita,
Todos falam: Tá eleita!
Na nossa Itabaiana inteira.
E a melhor saída
Com Dema e Dona Dida

...
É elaaaaaaaa!!! É elaaaaaaaa!!!
É elaaaaaaaa!!! O povo diz agora é ela!”

E foi ela mesmo. Foi, e foi bonito. A mullher deu de chapéu em três cabeludos e em um careca. Derrubou o prefeito Babá, o presidente da câmara municipal, Manoel Medeiros, também candidato, o candidato apoiado pelo governador Cássio: Fernando Filho ou Fernandinho, e o candidato apoiado pelo senador Zé Maranhão: Antônio Carlos. Pense numa vitória bonita!

Aí teve outra música que dizia:

"É vitória! O povo cantando é vitória!"

 E Itabaiana pensou assim: Depois de tanta espera e com uma vitória como estas, Dida fará a gestão dos sonhos. Mas como de pensar morreu um burro...






Esta novela é conhecida de todos nós. Foi um sucesso em Itabaiana, e ao que consta ainda renderá bons capítulos.

PRIMEIRO CAPÍTULO

Núcleo: ARENA
Dona Dida, esposa do então prefeito Aglair da Silva, ocupava o cargo de secretária do governo municipal de Itabaiana. Foi então que a Sra. primeira-dama resolveu disputar o cargo de prefeita, e suceder o marido na administração da cidade. Embora tenha obtido êxito na disputa, Dida não pode assumir o mandato, pois tinha vínculo familiar direto com o então prefeito. E a legislação eleitoral não lhe permitiu ser empossada. Houve um divórcio feito as pressas. Foram capazes disso, acreditas? Mais nem assim Dida conseguiu ser empossada prefeita da província. Pois conseguiram provar que eles tinham se divorciado, mas não tinham se separado. Ela continuava morando com o prefeito. Mais aí já foi maldade demais. Queriam que os meninos ficassem sem pai, era? O povo ruim.
Foi uma pena, pois tivemos que passar na mão de gestores que nada mais sabiam fazer que não prestar “favores”. E de favor em favor Itabaiana viu a vaca ir pro brejo.

Núcleo: MDB
Com a morte do então constituído líder Galego, e com a desastrosa gestão feita por Geraldinho Fonseca, frente a prefeitura de Itabaiana, o jovem Antônio Carlos, vereador de primeiro mandato, assume a liderança do bloco do “encarnado e preto”.  E com o patrocínio do seu tio, o saudoso deputado Fernando Melo, disputou o cargo de prefeito, na época contra Dona Dida que estava acompanhada de Zé do Curtume como candidato a vice. O mesmo Zé do Curtume que mais tarde foi vice-prefeito eleito de Babá; e candidato a vice do próprio Antônio Carlos, em outra eleição. Homenzinho pra gostar de ser vice,  é esse. Pela madrugada! Isso é que é vocação! Hoje enfim ele é vereador. Mudou de posto. Mais mantém a postura, extremamente suspeita. E por falar em posto, ele ganhou a eleição para vereador, em 2008, quando o seu irmão e ex-vereador Manoel do Posto também era candidato ao mesmo cargo.
Bem, mais voltando a Antônio Carlos, ele disputava com Dida e com Babá, e elegeu-se prefeito. Na sua gestão, que lembre-se Itabaiana da mão pesada de Toinho, o seu pai, a família foi que fez a farra. A começar por Toinho que ditava as regras. Depois a mãe que fazia a linha do social, e a Tia, pense numa tia. Esta mais estourada que todos não perdeu a chance de largar um dedo do tamanho de um cabo de pressão, na despedida do sobrinho, no final de seu mandato. Também quem manda o povo achar que tem o direito reivindicar os salários atrasados de um pobre prefeito derrotado nas urnas, após fazer uma brilhante gestão para a família, dele. Bem feito pro povo. Não tinha que cobrar nada. 
É que o agora prefeito Antônio Carlos havia perdido seu mandato para Babá, que tinha Zé do Curtume como vice, e que contou com o apoio de Dona Dida, e de Fernando Melo. Este segundo, muito chateado já que Toinho não havia deixado que ele fosse o candidato do PMDB a sucessão do sobrinho, e insistiu em lançar Antônio Carlos candidato a reeleição depois de ter acabado com o mandato do menino.
Não perca o próximo capítulo! Você já viu esta história, mais VALE A PENA VER DE NOVO!

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