Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois

Oswaldo Montenegro



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Avenida Itabaiana, essa foi boa!

Tem uns personagens que qualquer hora dessas vão pular das ondas do rádio para a materialidade da vida política de Itabaiana. Estou me referindo a Dézin e Zé do Povo, eles estrelaram a rádionovela que foi ao ar em 2008 no guia do então candidato Antônio Carlos, e faziam um embate no qual eram feitas as denuncias contra a prefeita Dona Dida e sua gestão. Ao Dézin cabia o papel de alienado defensor da prefeita, embora fosse vitíma das histórias levadas ao ar, enquanto Zé do Povo, homem esclarecido, tentava insistentemente "abrir os olhos" do amigo para os desmandos e para o descaso da administração municipal. A contundência e a destreza de Zé do Povo inflamou aliados da prefeita, que inclusive desafiaram Zé Povo publicamente. Não dá pra esquecer, o na época candidado a vereador, Zé Cobal discussando para o povo da Paulo Ovidio de Lucena, e adjacencias, e gritando a pulmões cheios: "-Apareça Zé do Povo! Apareça..." O candidato revoltado com as acusações narradas pelo personagem o desafiou e o chamou pra briga. Zé não apareceu. Continuou no rádio. Mas não conseguiu grande êxito. Dona Dida levou a melhor na eleição, Dézin continuou tomado por sua paixão e admiração por aquela que dizia ser a melhor administração de Itabaiana. E parece que ele tinha razão, pois agora, quatro anos depois, eles voltaram numa nova novela: AVENIDA ITABAIANA, uma adaptação inteligente do folhetin da Rede Globo Avenida Brasil. E desta vez, Dézin conseguiu levar o amigo pro lado da situação, e está arrancando de Zé do Povo a confissão de que o que ele alegava inoperante e ineficiente, de fato funciona e acontece. O primeiro capítulo da novela mencionou a praça Epitácio Pessoa, que Zé do Povo dizia que não seria concluída. E que hoje, segundo eles serve para caminhar e para conviver, inclusive num joguinho de dominó, baralho, sei lá. 
O problema é que eles não disseram que pra caminhar na praça que não tem nem quatro anos ainda, é preciso cuidado para não torcer o pé num dos buracos. E que pra jogar dominó ou baralho nas mesas instaladas lá, tem que levar banquinho de casa, pois os de lá não existem mais. E com muito cuidado, para que as mesas de concreto, hoje soltas, não caiam sobre os jogadores, em sua maioria idosos.
Se brincar na próxima  nós ter Dézin e Zé do Povo,disputando a eleição. Só não sei ainda que sai na cabeça de chapa. Por que um é mais esclarecido. Mas o outro mais articulado.

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